O caixeiro viajante!


Era uma vez um caixeiro viajante, que viajava de terra em terra, de concelho em concelho.
Por onde passava deixava marcas e fazia amizades pouco interessantes. Quase de tudo que aparece - gaja que ri muito sem tirar os olhos de mim é para comer e fazer filho. 

"Não faz mal nenhum, pensava ele!

[...] ela tem um marido labrego, grosseiro, grotesco, pouco interessante que quando lhe tocar derrete-se toda - pimba!"

Aquele desejo de proximidade nela, era para ele estar a galá-la.

A cada sorriso que esboçava, a cada palavra que dizia. Entranhou-se, infiltrou-se na terra, onde nasceu uma jovem que conheceu na adolescência.

Apoderou-se da família dela e todas as restantes pessoas, praticamente. Relacionou-se com muitas delas numa proximidade em demasia, de forma a conquistar seu coração, mas também sua alma.

"Sabe-se lá concretamente, o que desses relacionamentos resultou!?"

O gajo no meio daquele povo sentia-se um galã.

Mesmo naqueles casos em que as gajas são pouco cultas, que mal sabem ler e escrever. Talvez, o sucesso do trabalho dele ou a forma como conseguia sobreviver às adversidades da concorrência do mercado, fosse o meio por onde andava...!?

O que por vezes precisam determinadas pessoas, para sentirem um bocadinho mais de autoestima. É mesmo cair assim no meio de um povo, tipo de paraquedas. 

Um povo que o passa a olhar como um rei, mas falta-lhe o trono. Participa em momentos festivos lá da terra e aparece nos eventos sempre sozinho. 

Em algumas situações, com uma postura que parece "um autêntico policia sinaleiro, que quase caiu em desuso!" 

Passou a desempenhar um papel, como que seja um nascido lá. 

Precisa tentar disfarçar, para não perceberem o número de gajas que comeu e ainda come. Os supostos filhos que fez a mulheres casadas e que estão sempre à espera que apareça, para o efeito.

Realmente o gajo sente-se um rei, no meio de tantas gajas famintas de sexo. De dar uma queca, com o caixeiro viajante que vem de tão longe. Elas estão iludidas de que são as maiores, cada uma delas pensa que é única. 

Já nem querem ter contato com aquelas miúdas que um dia estiveram extremamente próximas. Até viveram uma infância partilhada, partilharam da mesma escola. Muito menos com aquela de quem ele gostou na tenra idade, que foi esse o ponto de partida para visitar a terra numa primeira vez.

No propósito de quem um dia, ao encontrar alguém que interessou ou interessa, estará de rabo preso. De forma mesmo a temer que ela descubra.

Passa a valer tudo de hipocrisia desmedida, de quem encontra aumento de autoestima e altos na subida do amor próprio, junto de pessoas de formação reduzida. 

Para conseguir manter essa imagem de galã e ocultar esses relacionamentos, prejudica pessoas cultas e com formação acima da média.

A vida do caixeiro viajante, que tanto o esperam as famintas casadas que o marido não as satisfaz com sexo. Mesmo a troco de uma queca mal dada à pressa, vale para se sentirem sexualmente realizadas e desejadas. 

Se assim não fosse, talvez fossem muito infelizes. Isto é que são trocas comerciais! 😃

De um caixeiro viajante!

Uma porta que se abre, um copo que se bebe, um sorriso que se dá e recebe.

Sem racismo, no que respeita à qualidade das pessoas e sua cultura ou formação. O íntimo é a base de se mover por terra descoberta, por um descobridor "caixeiro viajante."

Admirável figura por aqueles que não percebem e repugnado pelos outros que tem capacidade de perceber, porque tem formação. 

Perdeu-se nas conquistas pelas menos formadas, mais fáceis. E, nunca conseguiu chegar a quem realmente tem valor.

Conquistou mulheres, homens, o povo, em parte a terra.

Identificou-se com os hábitos de um povo de uma especifica terra. Por muitas outras viajou.

O caixeiro viajante perdido nas qualidades - mesmo assim um homem realizado - de muitas conquista momentâneas.

Quantos haverá deste género?

Da ficção à realidade!


In passospesados abs 22 07 2022




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